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sexta-feira, 26 de abril de 2013

ABRIL, 26


1478 - Família Médicis é vítima de atentado
 durante missa Ataque marcaria 
ascensão de Laurent Médicis 
ao comando de Florença

No dia 26 de abril de 1478, um Domingo, um conflito eclode em Florença, durante a missa da catedral da cidade, o Duomo. O atentado acarretaria na morte de Julien de Médicis e abriria espaço para a ascensão de seu irmão à frente da rica república mercantil.

Esse foi o começo de uma saga familiar inigualável. A vítima de 25 anos dirigia, de fato, a República de Florença ao lado de seu irmão, Laurent, de 29 anos. Tanto um quanto o outro portavam o título de principe dello stato (príncipe de Estado). A autoridade dos Médicis sobre a cidade remontava a Cosimo de Médici, avô dos dois, e ao pai, Pietro il Gottoso. Ambos exigiam que suas magistraturas fossem conservadas, mas se organizavam para que fossem confiadas a pessoas leais.

Por meio de generosidades, os Médicis tratavam de conservar o apoio do povo. Porém só dispunham de uma autoridade informal sobre as instituições da República e ela era contestada. Uma desavença entre o papa e os Médicis abriria a oportunidade para os opositores se manifestarem.

O papa Sisto IV era um mecenas a quem Roma devia a ponte Sisto e a capela que leva o seu nome, a Sistina. Praticava também o nepostismo em grande escala em favor de seus bastardos e de seus sobrinhos. Desejoso de oferecer a ‘Signoria’ de Imola a seu sobrinho, Girolamo Riario, dirige um pedido de empréstimo aos Médicis. Laurent, que tinha igualmente intenções sobre Imola, recusa o auxílio.

Inconformado, Girolamo dirige-se aos seus rivais, os Pazzi, uma outra grande família de banqueiros florentinos. Os Pazzi estavam muito descontentes por terem sido privados pelos Médicis de certos cargos apetitosos. Seu chefe, Francesco Pazzi, aproveita a ocasião para ajustar contas com os Médicis. Organiza a conspiração do ‘Duomo’ com apoio de Girolamo Riario e do arcebispo de Pisa, Francesco Salviati, cuja nomeação Laurent de Médicis havia rejeitado.

Julien morre no atentado, mas Laurent fica apenas ferido. Escapou da morte refugiando-se na sacristia com alguns fieis e consegue escapar. À época, os capangas e partidários dos Pazzi tentavam sublevar o povo de Florença aos gritos de ‘Popolo e libertà’ (Povo e Liberdade). Contudo, o povo permaneceu fiel aos Médicis e Laurent retoma o comando da situação em seu proveito.

Os conspiradores são massacrados sem indulgência. Jacopo e Francesco Pazzi, assim como o arcebispo Francesco Salviati, são enforcados e dependurados nas janelas do Palácio de la Signoria. Em virtude da morte do arcebispo de Pisa, o papa proclama o ‘interdito’ de Florença. Excomunga todos os seus habitantes. De resto, entra em guerra contra a República de Florença com o apoio de Nápoles e Veneza.

Laurent de Médicis, devido a sua habilidade política e estratégica militar, derrota a aliança. Ao cabo de uma guerra de dois anos entre as facções rivais e de uma repressão impiedosa, sua autoridade surge mais incontestável que nunca.


 FONTE: OPERA MUNDI


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