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sexta-feira, 26 de abril de 2013

1933












1933 – É criada a Gestapo, polícia secreta da Alemanha nazista Com função de investigar “todas as tendências perigosas para o Estado”, polícia torturava para designar prisões forçadas

A Gestapo  - contração de Geheime Staatspolizei (Polícia Secreta do Estado) -  foi criada em 26 de abril de 1933 por Hermann Göring, então ministro do Interior da Prússia, tendo como origem a Polícia Secreta Prussiana.

A polícia secreta oficial da Alemanha nazista, totalmente subordinada às SS (Schutzstaffel ou, em português "Tropa de Proteção"), foi dirigida a partir de 1936 por Reinhard Heydrich, até sua morte no atentado de Praga em 1942.

Formada por oficiais de polícia de carreira e profissionais do Direito, sua organização e funções foram rapidamente fixadas por Göring (à esquerda na foto) depois da ascensão de Hitler ao poder em janeiro de 1933. Rudolf Diels foi o primeiro chefe da organização.

A função da Gestapo era investigar e combater “todas as tendências perigosas para o Estado”. Tinha plena autoridade para investigar casos de traição, espionagem e sabotagem, além dos ataques ao Partido Nazista e ao Estado.

A lei chegou a ser modificada a fim de que as ações da Gestapo não pudessem ser submetidas à revisão judicial. A organização foi também excluída de julgamento pelas cortes administrativas, ante as quais os cidadãos poderiam demandar o Estado para que cumprisse as leis.

O poder da Gestapo que mais permitia abusos era a Schutzhaft ou 'custódia preventiva', um eufemismo para designar prisões sem procedimentos legais, tipicamente em campos de concentração. A pessoa encarcerada tinha de firmar o Schutzhaftbefehl, documento em que declarava seu desejo de ser encarcerada. Habitualmente isto se conseguia submetendo-a a torturas.

O primeiro diretor, Diels, converteu a Gestapo numa agência policial com jurisdição nacional, comparável com muitos exemplos modernos como o FBI nos Estados Unidos.

O papel da Gestapo como polícia política não era muito evidente até que Göring fosse nomeado sucessor de Diels como seu comandante na Prússia. Göring recomendou estender o poder da Gestapo para além daquele país, até abarcar toda a Alemanha, com exceção da Bavária, onde o Reichsführer-SS Heinrich Himmler exercia a chefia da polícia da província e valeu-se das unidades locais da SS como força policial política.

Em abril de 1934, Göring e Himmler concordaram em pôr de lado suas diferenças devido em grande medida ao ódio que ambos sentiam pelas SA (Sturmabteilung) de Ernst Röhm, um dos braços armados do Nacional Socialismo durante a Segunda Guerra Mundial. Göring transferiu às SS toda a autoridade da Gestapo (registrado na foto acima), que foi incorporada à Sicherheitspolizei (Políicia de Segurança) organização assemelhada ao Sicherheitsdienst (Serviço de Informação).

À medida que o Exército Vermelho e os Aliados penetravam em todas as frentes pelo interior da Alemanha, já no final da Segunda Guerra Mundial, a instituição ia desaparecendo.

A partir dos primeiros dias de abril de 1945, funcionários da Gestapo começaram a queimar arquivos e documentos nas instalações e pátios centrais do edifício, sendo visíveis as colunas de fumaça nas cercanias da Wilhelmstrasse, principal avenida dos ministérios.

Na alvorada de 29 de abril de 1945, a 301ª Divisão de Fuzileiros, comandada pelo coronel soviético Antonov, lançou um assalto com dois regimentos e conseguiu colocar uma bandeira vermelha na sede da Gestapo, porém teve de recuar nessa mesma tarde em virtude de um forte e nutrido contra-ataque da Waffen SS. Não puderam libertar os últimos sete presos políticos que tinham sobrevivido a um massacre de detentos em 23 de abril.

Em 1º de maio, durante a noite, homens da SS retiraram os sete prisioneiros da cela principal e os trasladaram a outra cela no sótão, dando morte a um dos detidos, um suboficial da Wehrmacht. Na madrugada de 2 de maio, o edifício foi tomado pelo Exército Vermelho, que libertou os presos e lhes deu alimentos. Entretanto, um soldado russo, ao manusear a arma, disparou acidentalmente um tiro que matou o ‘ex-gauleiter’ Joseph Wagner, quem havia caído em desgraça pelo regime nazista por suas crenças religiosas.

A organização foi dissolvida por decreto do general Dwight Eisenhower, comandante das Forças Expedicionárias Aliadas, em 7 de maio de 1945. No Julgamento de Nuremberg, a Gestapo foi considerada uma organização criminosa ficando proibida em toda a Alemanha.


A sede central da Gestapo em Berlim estava localizada na Prinz Albrechtrasse, número 8, um edifício que havia sido um teatro e que atualmente acolhe uma exibição permanente da “Topografia do Terror”. Desde 1934, era conhecida pelos berlinenses como a “casa dos horrores” pelas notícias que corriam sobre as torturas aos presos que eram algemados por curtas correntes às paredes horizontalmente.




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