Rubem Alves
Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle.
Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros.
Porque a essência dos pássaros é o vôo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar.
Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros.
O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.
Escolas para mim deveriam ser como escolas que são asas, pois as vezes precisamos apenas de uma oportunidade para mostrar o que realmente queremos e podemos fazer, na minha vida passei por 3 escolas, e todas me ensinaram muito porém nenhum dava a oportunidade nem a ajuda necessária para mostrar o que cada um gostaria de ser e o que poderia fazer para melhorar tanto a si quanto aos outros, escolas que sao gaiolas para mim sao como presidios, onde todos que estão lá sofrem alguma pena, e hoje em dia a maioria das escolas sao assim, porém tem alunos que vivem como gaiolas que por algum motivo vêem o que está apenas em sua volta sem ver seu futuro nem o que vive no presente outros simplesmente vivem a vida como a dos pais e assim por diante, mas também ninguém é livre por um lado todos devemos satisfações a alguém, quando fizemos nossos documentos declaramos para o governo quem somos, quando viajamos sabem onde estamos, quando trabalhamos sabem onde trabalhamos e assim por diante, temos uma vida controlada e ninguém foge disso, pagamos impostos que deveriam refletir em mudanças positivas para nós e nem sempre isso acontece por isso acho que vivemos sempre em um lugar que nos engaiolas e que não somos livres para fazermos o que queremos e que isso nao depende apenas de uma pessoa e sim do mundo inteiro.
ResponderExcluir* Letícia Vasconcellos 305
Livres ou Engaiolados?
ResponderExcluirNunca tinha parado para pensar se minhas escolas foram, e são “asas” ou “gaiolas”. Hoje percebo que cada escola tem seu método e controle sobre os atos de suas escolas. Na primeira escola em que estudei foi apenas pré-escola e primeira serie, existiam regras de uniforme, para todos serem “iguais” não posso dizer se era uma escola que incentivava o potencial dos alunos ou que apenas passava o que estava dentro de um programa específico e programado, pois enquanto estive lá o principal era ensinar os alunos a ler e escrever.
Na minha segunda escola estudei da segunda à oitava serie. Não era obrigatório o uso de uniforme, os alunos vestiam o que queriam. Mas era uma escola intermediária entre “asas” e “gaiola” existiam regras como não poder entrar no colégio depois do segundo período, e após o segundo período os alunos deviam ficar em sala de aula até o intervalo e respectivamente para sala de aula de novo. Acredito que se existisse a liberdade de ficar fora da sala de aula e entrar na sala em qualquer período, haveria muito mais alunos rodando, mas os que passariam seriam por interesse próprios e com o tempo os alunos iriam às aulas, mas não por obrigação da escola, mas pelas regras que eles mesmos se impõem.
Dentro da sala de aula a maioria dos professores incentivavam os alunos a procurarem algo maior que apenas um ensino fundamental e médio, a cursarem escolas técnicas, faculdade e a trabalhar pelos seus sonhos, pois nada melhor do que alcançar seu sonho com o seu próprio trabalho, no final poderá dizer “enfim consegui” e mostrar um sorriso satisfeito com isso.
Saindo desta escola entrei no CAVG para o curso técnico integrado de vestuário. E logo no primeiro dia percebi que era um tanto diferente a “liberdade” que os alunos tinham lá dentro, saiam e entravam nas salas de aula quando queriam, ficavam sentados tomando chimarrão no jardim, logo achei aquilo um tanto desrespeitador com os professores que estavam em aula, mas depois percebi que era ótimo, pois quem estava em sala de aula era quem estava interessado em aula e se os outros estivessem em aula iriam atrapalhar o rendimento do professor e da turma.
Vejo o CAVG como uma escola “asas”. Grande parte dos professores nos pergunta o que faremos depois de terminarmos o médio e técnico. “O que pretendem com isso aqui?”, “Iram seguir este curso como carreira profissional?”, “Iram fazer especializações nesta área?” a maioria destas respostas eu não tenho, pois ainda não decidi o que vou fazer, não sei o que mais gosto ou o que realmente quero, e acredito que não sou só eu, as duvidas sempre aparecem, e se não aparecessem seria sem graça não acha? Nascer sabendo tudo o que a vida escolheu pra ti.
Com essa linha de pensamento concluo que muitas pessoas que não tiveram a oportunidade, ou que faltou incentivo, para conhecer uma escola que trouxesse oportunidades maiores aos alunos, poderia ser feito um contato maior com estes. Assim como minha colega comentou em aula que gostaria de ir a uma cidade pequena e mostrar as oportunidades que podem ter sem tanta dificuldade, basta querer. Achei a ideia bem interessante, mas acredito que o fato de passar estas informações de amigos para amigos tem mais influência e é isso que eu faço sempre que surge o assunto.
*Luísa Doerr - 305
Asas e Gaiolas
ResponderExcluirCom referencia no texto, deve-se parar e pensar.Pensando nas escolas, grande parte delas são gaiolas, nos prendem, e assim com o passar do tempo se desaprende a arte do vôo.
Outras escolas, são as duas coisas, gaiolas e asas, asas quando nos dão o direito de escolha em assistir aula ou não, quando nos preparam para o futuro encorajando o voô, mas ao mesmo tempo gaiolas quando nos limitam a ser apenas uma determinada coisa, como aquelas que nos preparam para sermos apenas mão-de-obra qualificada mas não ensinam a ser empreendedor. Mas dentro de cada escola sempre existe uma portinha de as vezes se abre para mostrar como é lá fora. E está portinha são alguns professores que nos fazem refletir e nos encorajam a voar. Mas o difícil mesmo é encontrar escolas apenas asas.
Na vida assim como as escolas, outras coisas aqui também se encaixam. Como um relacionamento entre pais e filhos, algumas são asas, nos incentivam, encorajam, ajudam a bater as asas e voar, estimulando cada vez mais a crescermos, agirmos o próximo e ser feliz. Para ser realmente feliz precisamos ser livres. Mas no entanto outro pais engaiolam seus filhos, lhes tirando o direito de escolha, esquecendo que eles devem ser criados também para o mundo, e assim eles acabam desaprendendo a arte do vôo.
Nisso também se encaixa o amor, o namoro, o casamento.
_Será que são asas ou gaiolas?
_Acredito que para algumas pessoas se tornam uma gaiola sim, mas a outras fazem um bem danado e dão coragem para se voar cada vez mais alto.
Varias outras coisas, quase todas ou milhares delas se encaixam entre asas e gaiolas.
Aqueles que tem a visão do que é ser asa, de como é, poderiam e deveriam ajudar os outros, retribuir aquilo a sociedade aquilo que lhe foi dado.
_De que forma?
_ Do jeito que melhor achar! Através de diálogos, encorajando-as a voar, através de projetos para aprenderem a fazer coisas para ganhar seu sustento e independência, estimulando o voô que está adormecido dentro delas.
_ E você, sua vida é Asa ou Gaiola?
Daisiane S.Robaina
turma 305 Vestuario
Somos uma sociedade Asas?
ResponderExcluirNo meu ponto de vista, a escola em que eu estudei por dez anos, era do tipo “escola gaiola”, pois a intenção era de manter o aluno na sala de aula, independentemente do desempenho do professor, o aluno não tinha opções, entrou na escola era pra ficar só na sala de aula, geralmente a qualidade de ensino desses professores eram média, eles não eram do tipo “professores incentivadores”, eu sei que não é esse o papel do professor, mas eles não puxam o conteúdo, logo, não nos esforçamos muito, é como se tivéssemos com tudo dado, talvez essa falta de incentivo tenha sido muito pior para alguns, pois vi muitos colegas desistirem de estudar e não ter uma formação fundamental, as minhas escolhas não foram afetadas pelo método de ensino de nenhum professor, sempre tive o pensamento de fazer a prova para o CAVG e consegui ingressar na escola.
Já a minha escola atual tem uma enorme diferença, não existe um certo controle de quem assiste ou não a aula, os professores não exigem a tua presença, eles querem a tua atenção, que tu se concentre, mas se tu não quer assistir as aulas, o problema é teu, ninguém te obriga a ficar sentado, isso pra mim define o aluno interessado do aluno que não se interessa por nada, o prejuízo é dele mesmo, talvez haja essa diferença entre o CAVG e a outra escola, devido ao CAVG ser uma escola técnica, com alunos que estão lá para aproveitar o máximo do curso e se formar técnicos em alguma área, a outra escola por ser de pré-história, ensino fundamental e médio, eles não iriam dar um pouco de liberdade para uns alunos e os outros não poderem fazer o mesmo, aí unificam as regras, é o mais fácil para eles.
Em relação a oportunidade que eu tive e tenho de estudar em escolas federais, eu nunca pensei no que fazer em troca de todos esses anos de ensino gratuito, nunca pensei em quem eu poderia ajudar, nem nas maneiras de beneficiar alguém, mas aí quando eu vejo as pessoas, até mesmo minhas próprias colegas de aula, citando suas idéias, eu paro e penso “como eu não pensei nisso antes”, por serem coisas tão simples, que qualquer um poderia fazer, talvez sem valor para mim mas com muito valor para outros, eu já descarto a opção, de qualquer forma eu sempre vou poder achar uma forma de ajudar alguém.
Os problemas da população são tantos, e tão poucas pessoas se disponibilizam para ajudar, reservar um pouco do seu tempo para o bem do próximo, um desconhecido, ensinar alguma coisa, interagir, dar um pouco de atenção.
Muitas pessoas pensam em fazer algo bom, mas é muito fácil encontrar pedras no caminho e desistir assim, logo no primeiro obstáculo, ou não ter condições mesmo de contribuir, mas de qualquer forma sempre se dá um jeito.
No mundo hoje em dia é tudo com o tempo contado, tudo é muito corrido, não se tem tempo de viver com calma e aproveitar, gostar e apreciar a vida, é tudo muito planejado, o fluxo não corre espontaneamente, todos estão preocupados com seus trabalhos ou com seus problemas, e os outros? É como se não existisse mais nada fora as pessoas do nosso convívio, tudo muito fechado, como se as outras pessoas fossem um resto, inferiores, isso é uma negatividade.
Não existe a liberdade para as pessoas nem entre elas, é como um professor me disse, a liberdade é uma palavra muito complexa, com um ou vários significados para cada pessoa. Quando as pessoas são livres? Ser livre não significa ser solteiro, ou ser maior de idade, ter um emprego, casa própria, por que sempre haverá as regras, as leis de um determinado lugar, uma pessoa superior a ti, pessoas podem ser independentes, mas totalmente livres não.
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ResponderExcluirTem pessoas que conciliam muitas coisas, que estão bem como são, como estão, aproveitam a vida da sua maneira, mas e as outras que só pensam em si mesmo, ou em adquirir as melhores coisas, pagar a faculdade ou a escola mais cara para o seu filho, dar um carro de 18 anos ou de formatura, isso é certo? Não deveriam ensinar o quanto é bom correr atrás do que queremos possuir e conquistarmos com o nosso próprio esforço, não daríamos mais valor do que ganhar assim apenas por que é uma data comemorativa?
Eu penso que o ser humano é um bicho muito complicado de lidar, difícil de conviver, são todos diferentes, agem, falam, pensam diferente, fazem escolhas diferentes, são muitos os jeitos e as maneiras de cada um, mas com o tempo se dá um jeito em tudo, as “coisas” se acertam, ficam melhores ou pelo menos deveriam.
Laiana Silveira - 305
Escolas gaiolas e escolas asas: Dois caminhos, muitas consequências
ResponderExcluirAcredito que as escolas gaiolas são escolas onde os professores não incentivam os alunos, não mostram à eles que podem sim ser mais do que simples agricultores, não desmerecendo a profissão, mas essas pessoas do campo, crescem vendo seus pais arando, plantanto, colhendo, matando animais para consumo próprio e sendo enterrados no cemitério da região. Essas pessoas desconhecem o outro lado da vida. Elas não sabem o que é a cidade grande, não possuem meios de comunicação e mal escrevem seus nomes. Por isso, resta aos professores que vêm de fora, mostrar-lhes que a vida pode sim ser melhor, pode sim ter conforto sem tanto esforço. Os professores devem mostrar aos alunos que eles podem um dia usar uma caneta montblanc, fazer um cruzeiro no Caribe ou viajar à negócios num Gulfstream G650. Mas depende deles, e somente deles, encarar o novo mundo. Devem ter muita coragem de sair de suas casas e tentar uma outra vida, pois não é fácil deixar o berço, não é fácil crescer. A vida de adulto responsável exige uma cabeça forte e disposta a enfrentar barreiras, disposta à subir na vida como se fosse uma escalada. Mas a recompensa é grande. Quando estiverem no topo, visualizarão o horizonte e dirão que sim, valeu à pena todo o suor derramado, toda a sede passada e os calos nas mãos, obtidos pela falta de equipamento, devido à inesperiência.
Diferente das escolas de asas. Essas possuem professores que estão ali para incentivar os alunos. Para dizer-nos: -O sucesso está à um passo de onde todos desistem! Siga e alcançarás teus objetivos!- Esses professores não lutam para que os alunos começem à estudar, e sim para que não parem! Não larguem os estudos por nada. Porque hoje-em-dia, qualquer profissão exige um bom português e matemática, aliás, exigem até mais, por isso o incentivo.
Além do incentivo recebido, muitos professores nos ensinam à estender a mão ao pròximo, assim como fizeram conosco, devemos fazer com a sociedade, pois afinal, estudamos às custas dela. Ajudar os outros não é para reservar um lugar no céu, ao lado de Deus. Não! É para ajudarmos nossos filhos, netos, bisnetos... porque amanhã ou depois, quando eu não estiver mais aqui, quem vai encaminhar meus sucessores são essas pessoas. O exemplo? Bom, o exemplo será passado de geração à geração, e é assim que vamos ajudar a sociedade a transformar o planeta Terra, este mundo extremamente capitalista, num lugar mais mais humano para se viver, um lugar melhor. Isso sim é evoluir.
A final, todos gostaríamos de uma sociedade “Asas”.
ResponderExcluirExistem escolas que não mostram o rumo certo a ser seguida, nem dão orientação para onde seguir. Essas escolas são as chamadas escolas “gaiolas”, não dão motivação, não incentivam a capacidade.
Há lugares para a campanha onde as pessoas têm o pensamento muito fechado não sonham alto, não querem “ir mais além” aquela vidinha medíocre serve, acham que não tem capacidade e não enxergam outros mundos que são possíveis de ser alcançados.
Porém há escolas que são “asas” dão incentivo, motivação, querem te ensinar para construir um futuro melhor, mas também tem que existir dentro de cada pessoa uma vontade. Pois ser alguém na vida hoje em dia é muito complicado, existe muita competitividade e sob todos os aspectos e para se conseguir alguma coisa bem ou mal tens que ser melhor que o outro e isso requer muito esforço.
Mas não são somente escolas que agem desta forma, assim como existem escolas existem, existem relacionamentos, famílias, amizade, paixão que podem ser gaiolas ou asas.
Um relacionamento no qual uma das duas pessoas (ou as duas) é “gaiola” dificilmente dará certo, pois em um relacionamento queremos o bem do outro. Se um dos indivíduos é ciumento demais chegando a possessividade o relacionamento fica muito complicado. Vou citar um exemplo: Uma menina muito ciumenta e que não permite que seu namorado visite seus amigos de vez em quando. O menino pode gostar muito da menina, porém começa a se afastar por se sentir preso e se permanecer junto à menina sempre vai se sentir engaiolado e não é para isso que um namoro servir. Mas existem os namoros que são “asas”, colocando na situação anterior, no momento em que o menino quisesse visitar seus amigos, eles combinavam de se ver mais tarde, assim o menino se sentiria mais livre e se continuasse com a menina era porque queria, não porque era preso.
Já no caso das famílias é um caso bem delicado, muitas famílias criam seus filhos, fazem de tudo para estudarem bem e quando os filhos comunicam o que querem fazer são barrados, isto não é somente para o caso de festas, mas também para o caso de escolher o rumo que quer tomar na sua vida, é lógico que para o caso de festas os pais e o(s) filho(s) teriam que entrar em um consenso tanto para famílias “gaiolas” e para famílias “asas”. Existem mães que não gostam nem de pensar no dia em que o seu filho vai sair de casa e ter sua própria vida.
Já minha mãe sempre teve uma frase em mente, a qual ela segue “Filhos são como flechas, cultivamos e depois lançamos para o mundo”. Acredito que ela vai sentir uma dor quando eu ou uma de minhas irmãs sairmos de casa, mas ao mesmo tempo vai estar feliz pois alcançamos nossos objetivos.
Hoje em dia sei que é bastante complicado conviver com pessoas que possuem ideias diferentes as nossas, com opiniões e tudo mais, mas aí é o caso de entrarmos em um consenso. Não é “obrigando” as pessoas que gostamos a fazer aquilo que nos agrada que estaremos fazendo a coisa certa.
O certo seria todos ajudarmos a essas pessoas que mantém os pensamentos fechados nos dias de hoje, ou que tem dificuldade em ser mais liberal em certos aspectos, a final todos gostaríamos de uma sociedade “Asas”.
Paola Medeiros 305
Asas X Gaiolas
ResponderExcluirO título do texto – “Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas” – lido e debatido em aula, leva-nos a pensar quais os limites que conceituam esses polos tão distintos. Se por um lado, as gaiolas aprisionam e limitam o alcance dos pássaros, por outro, as asas nos libertam e permitem que cheguemos onde nosso voo pode alcançar. É importante, porém, lembrar que tal conceito aplicado por Rubem Alves às escolas da atualidade não se resume apenas a elas. Asas ou gaiolas vão além do ambiente educacional.
Levando em consideração o texto discutido, a escola que é como uma gaiola acaba com as maiores chances do pássaro. Tentando ensinar a ele como voar, a escola limita sua “área” de voo – exatamente como em uma gaiola – e as suas expectativas resumem-se a passar de um puleiro para o outro, sem descobrir o que seria sair daquele ambiente para um jardim, para o “mundo real” É como colocar viseiras em um cavalo e fazê-lo olhar para onde você quer ir, sem que ele possa ser levado por aquilo que gostaria de fazer.
Asas são para voar. Alcançar grandes distâncias e alturas. O pássaro é quem escolhe se vai sair e voar ou retornar à sua gaiola – esta é a escola que dá asas. Leva o pássaro a buscar por seu voo. Encoraja-o.
Porém o que dizer de, por exemplo, pais que são asas, ou ainda gaiolas? Os pais criam seus filhos – filhotes, no caso dos pássaros – para a vida, ou deveriam. “Criar para a vida” – forte! Mas, para que vida? Para a vida que eles escolherem voar, seria o certo. Embora, os pais gaiolas, criem seus filhotes para voar, muitas vezes, a vida que eles viveram – é esta outra forma de privar pássaros do voo. Exigir que estes voem por onde você quer e não por si mesmos. Pais que são asas ensinam aos seus filhos o que podem, mas fazem questão que voem por suas próprias asas.
Ainda outros aspectos em nossas vidas nos levam a pensar se voamos por nossas asas ou se somos engaiolados. Um relacionamento pode muito bem se tornar uma gaiola – para ambas partes. Assim como pode ser uma forma imediata de se encontrar para onde se quer voar e se livrar de gaiolas antigas.
Seu trabalho, da mesma forma, se escolhido por um meio de encorajamento para que faça o que quer e gosta, será um trabalho que é como asa; já se chegar até o mesmo por obrigação – “Você tem que seguir a profissão de seus pais”. “Você deve trabalhar em um meio que lhe dê de fato muito dinheiro”. Ou: “Você está destinado a avançar até aqui e daqui não sairá, pois é o mais longe que poderá ir – então, logicamente será esse um trabalho que o engaiola”.
Pensando de qualquer forma, em quaisquer aspectos, ou você escolhe asas, ou a gaiola. Uma gaiola não é diferente por ser um viveiro ou um parque natural cercado. Independente do quanto possa voar, nessas situações sempre haverá o momento em que seu voo entrará em conflito com os limites aos quais você se torna submisso. Você sempre estará preso, ainda que nem sequer voe a ponto de encontrar uma tela (e ainda mais felizes são esses).
Já a asa sempre será asa – para ir, vir ou parar. Quando você desejar ela estará lá e poderá voar para onde, à velocidade e na direção que quiser. É só abri-las e junto com elas abre-se sua mente ara novos horizontes.
O que podemos fazer para viver uma vida de asas – mesmo incluídos numa sociedade que nos impõe gaiolas? Pensar em cada passo (u batida de asas) como algo definitivo para o próximo voo.
O que se pode deixar para cada um que não sabe se tem asas ou um dono que o engaiola? Não sabemos. Pergunte a si mesmo, porque se lhe dissermos o que fazer estaremos o engaiolando e um bom princípio para ser um pássaro que voa livremente é não cativar a outros.
Nome: Ágata Schuerne. Nº: 614/09.
Curso: Vestuário Integrado. Turma: 305.
*Enviando pela conta da Ágata, por um probleminha com a minha!
ResponderExcluirAs Asas, as Gaiolas...
Rubem Alves descreve perfeitamente no texto “Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas” o que chamamos de liberdade e prisão. Duas palavras que soam forte, mas será que sabemos realmente se nossas vidas são asas ou gaiolas? “Deveríamos saber”. Deveríamos parar a cada dia e analisar. “Será que está tudo como deveria estar”? Acho que se parássemos iríamos encontrar enormes descuidos ao longo do nosso caminho. Pois afinal não temos uma vida perfeita, mas claro, nem tudo é perfeito.
Já a sociedade parece fechar os olhos e fingir que nunca houve nenhum problema, porque a maioria acha que é feliz e tem tudo o que precisa, e o resto é resto, tornando-se uma sociedade medíocre e aprisionada a antigos pensamentos, nos quais liberdade é apenas mais uma palavra sem importância. A escola asa está em extinção em nossas vidas, onde existem pessoas tomando atitudes erradas, seguindo caminhos errados, sem perceber ou apenas acham que não vale a pena lutar por sua vida e muito menos pela dos outros. Podemos não perceber, mas nos tornamos pessoas fracas a cada dia, pois não temos coragem suficiente para ir em frente – ou será que essa falta de coragem e incapacidade? Muitos sequer sabem a razão de estarem nesse mundo, ainda menos de saber o que é liberdade, ou capacidade de crescer pessoalmente e profissionalmente.
Já a escola gaiola, está predominante em nosso cotidiano. Vivemos limitados a uma vidinha rotineira, cheia de mesmice, na qual não temos uma boa escola, um país justo e igualitário, onde pessoas não buscam ajudar aos outros nem a si mesmos, deixando de lado princípios, vontade de revoltar-se e manifestar-se por sua liberdade. Mas a vontade de mudar é um sentimento passageiro, logo esquecido, voltando para um círculo vicioso.
Mas nem tudo está perdido, ainda existem pessoas que no incentivam e dão coragem de buscar o que queremos e acreditamos. Mesmo que tenhamos medo de gaiolas antigas, enquanto outros nos ensinam um voo errado ou nem fazem questão de ensinar, existem pássaro que nem chegam a voar, porque simplesmente são barrados pela incapacidade de alguns. Mas o que realmente pensamos sobre esse assunto? Ou só paramos para pensar quando alguém nos mostra, de certo modo, que a vida é bem mais do que parece. Deveríamos nos libertar e acordar. Ou então fingirmos que nunca nos foi alado ou avisado, e continuar nosso caminho como gaiolas que jamais se abrirão para que possamos voar.
Asas e gaiolas não são apenas vistas nas escolas, mas em qualquer ambiente, tanto familiar, quanto em ouras relações (amizades, namoros, colegas, etc.). O problema é que nos conformamos facilmente com o que nos é oferecido. Acostumamo-nos e achamos que isso basta para que eu tenha um bom futuro, um bom país e, principalmente, igualdade, pois é a partir dela que desenvolvemos nossa estrutura, nosso ser, nossa família.
Após essa análise, posso concluir que vivemos muito mais em escolas gaiolas que escolas asas, pois deveríamos nos permitir mais, viver mais, aprender mais com certos erros e sermos capazes de dizer não quando algo é errado ou injusto, e sim a novos pensamentos e mudanças, porque só assim encontraremos a tão sonhada liberdade. Liberdade que nos permita e nos deixe permitir. Afinal a palavra asa soa bem mais forte que a palavra gaiola.
Nome: Kelly Schlatz. Nº636/09.
Vesuário - Turma 305.
*Enviando pela conta da Ágata, por um probleminha com a minha!
Reflexão
ResponderExcluirDepois de ler e discutir em aula o texto “Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.”
Pude perceber como nós não nos damos por conta do que acontece em nossa volta, nunca tinha parado para comparar escolas, mas depois de ler esse texto pude claramente ver que as 3 outras escolas por qual passei era realmente gaiolas, nós alunos não tínhamos liberdade de expor nossos pensamentos. Em minha primeira escola de primeira série a quinta era uma escola onde não se podia chegar atrasado, existiam uniformes que não totalmente obrigatórios e nada se podia fazer sem pedir permissão à professora. Na segunda escola que estudei da sexta a oitava série, lá não posso dizer que era totalmente gaiola, mas não se podia entrar após o segundo período e nem sair mais sedo então se eu tivesse algo importante para fazer após o terceiro período não poderia sair, então tinha que faltar todo um dia de aula, os professores não queriam nem saber se íamos ou não ser alguma coisa da vida só queriam cumprir seu dever e ir embora logo. Na minha terceira escola passei um período curto de apenas 2 meses antes de decidir estudar no CAVG nessa escola ninguém podia ficar fora da sala de aula mesmo que não houvesse professor para dar aula. Já no CAVG minha atual escola, percebo que ela é uma escola que da assas, os professores tem outra visão de mundo e passam isso para seus alunos diferente das minhas antigas escolas que os professores estavam ali por estar,para receber seu salário ao final do mês.Temos liberdade para sair da aula, se não estivermos afim de entrar é só não entrar, e acho isso bom porque se for para um aluno ficar incomodando dentro de aula, melhor que não entre.
Acredito que muitas pessoas que não seguiram uma carreira tenham sido simplesmente por falta de incentivo, ou de seus pais ou de seus professores.
E isso não ocorre apenas em escolas ocorre também em nossa vida pessoal, como quando pais proíbem seus filhos de fazer tudo, achando que isso é o melhor para ele, mas na verdade estão prejudicando seus filhos, proibindo que ele cresça e tenham a visão de que o mundo não é um mar de rosas e sim que a vida não é fácil para ninguém tudo que se quer tem que ser conquistado com muita luta.
Não condeno totalmente as “gaiolas” por que acho que tem coisas que devem ter alguns limites, mas não tudo ao extremo.
Uma das coisas legais para ajudar os outros, são os Projetos Sócios que trabalham apenas com voluntários, pessoas que estão ali para amparar e ajudar aos que precisão. Acredito que essa é uma das maneiras que mais tem efeito na nossa sociedade onde a maioria das pessoas são egoístas e só pensão em si mesmo.
Andressa Pinto, 305