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quinta-feira, 6 de junho de 2013

100 anos de sutiã: tudo o que você sempre quis saber sobre a peça








Eles já foram símbolo de libertação e opressão – já foram amados, odiados e até queimados. Os sutiãs, hoje indispensáveis no armário feminino, têm muita história para contar, embora sejam mais jovens do que você pensa: em 2013 eles comemoram 100 anos desde sua criação oficial.
E já deu tempo de passar por poucas e boas:
Como tudo começou
Acredita-se que a primeira tentativa feminina de escapar dos efeitos da gravidade tenha acontecido na ilha grega de Creta, por volta do ano 2500 a.C. O acessório se parecia com um corpete feito com tiras de pano. Cerca de mil anos depois, ele passou a ser usado como uma peça que tinha apelo sensual pelas mulheres da civilização grega.
Os “anos de chumbo” para os seios aconteceram a partir da Idade Média, quando a tendência entre as mulheres eram os espartilhos, responsáveis por silhuetas magras e cinturinhas de pilão – e também por muitas mortes de donzelas asfixiadas ou que tiveram suas costelas quebradas pelo modelito.
Independência ou morte!
Do fim da Idade Média até o início do século XX, os espartilhos foram se tornando cada vez mais simples e menos justos, até virarem modelos parecidos com o sutiã de hoje. Acredita-se que as francesas foram as primeiras a criar um modelo mais moderno para a peça, mas quem levou a fama foi a socialite norte-americana Mary Phelps Jacob, que criou uma versão própria para o sutiã usando dois lenços, uma fita e um cordão, em 1913. Um ano mais tarde ela patenteou a peça.


A patente de Mary Phelps Jacob

No lugar certo, na hora certa
Às vésperas da Primeira Guerra Mundial, a peça fez sucesso: com os homens deixando as cidades para lutar nos campos de batalha, cada vez mais as mulheres precisavam de roupas práticas para assumir os postos de trabalho – foi ai que o espartilho dançou de vez e foi abolido dos guarda-roupas femininos por toda a eternidade.
Mary Phelps Jacob vendeu os direitos sobre sua criação para a Warner Bross por 1550 dólares. Em três décadas, a Warner lucrou mais de 15 milhões de dólares apenas vendendo sutiãs.
Amigo do peito
De lá pra cá, o sutiã ganhou status de peça indispensável para as mulheres. Entre os anos 1930 e 1940, surgiram os primeiros modelos com bojos e enchimentos. Nos anos 1960 eles foram queimados em praça pública, como um símbolo da opressão que as mulheres sofriam – além disso, passaram boa parte da década seguinte esquecidos, enquanto o mundo vivia uma fase de liberação sexual.
Nos anos oitenta voltaram com força total – e pontudos – nos corpos de estrela como Madonna, que elevaram o sutiã de seu status de “roupas de baixo” para uma peça que poderia ser usada em público.Madonna e o figurino que marcou seus shows nos anos 1980
Fonte: SUPER INTERESSANTE

PUBLICIDADE: PRIMEIRO SUTIÃ

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Jeans icônico da Levi´s, o modelo 501 completa 140 anos













O jeans 501 da marca Levi's nasceu em 20 de maio de 1873. E, 140 anos depois, ainda é referência em jeans no Brasil, no mundo e já conquistou fãs como presidentes, ícones de moda, músicos e estrela de cinema.
Para comemorar, a marca lançou um vídeo em que conta a história da evolução do design do jeans e suas inúmeras reinvenções pautadas pelos acontecimentos históricos e pela moda das décadas em que passou. Além do vídeo, a marca fará o ‘Livro 501′, em que reunirá fotos enviadas por fãs com suas interpretações de estilo usando uma calça Levi´s 501.
FONTE: ESTADÃO

quarta-feira, 22 de maio de 2013

“Prós e Contras”

Este é sem dúvida o vídeo mais partilhado no Facebook durante o dia de hoje. O momento polémico aconteceu no programa “Prós e Contras” da RTP, quando o jovem empreendedor português Martim Neves, de apenas 16 anos, foi convidado a falar da marca de roupa que o próprio criou, a “Over It”. A certa altura, foi interrompido pela Dr.ª Raquel Varela, que começa a questionar o jovem acerca do fabrico das peças.
Se ainda não viste confere a resposta do grande Martim!

Especial: flagrantes de trabalho escravo na indústria têxtil no Brasil












A Repórter Brasil acompanha as fiscalizações realizadas no setor das confecções desde 2009, quando foi lançado o Pacto Municipal Tripartite Contra a Fraude e a Precarização e pelo Emprego e Trabalho Decente em São Paulo, do qual a Repórter Brasil é signatária.


Confira os principais casos já 
divulgados durante os 
últimos quatro anos.

Fiscalização realizada no dia 19 de março resultou na libertação de 28 costureiros bolivianos de condições análogas às de escravos em uma oficina clandestina na zona leste de São Paulo. Submetidos a condições degradantes, jornadas exaustivas e servidão por dívida, eles produziam peças para a empresa GEP, que é formada pelas marcas Emme, Cori e Luigi Bertolli, e que pertence ao grupo que representa a grife internacional GAP no Brasil. O resgate foi resultado de uma investigação de mais de dois meses, na qual trabalharam juntos Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e Receita Federal. A fiscalização aconteceu na mesma semana que a São Paulo Fashion Week, principal evento de moda da capital paulista.
Trabalhadores em condições análogas às de escravos foram resgatados produzindo peças da Gangster Surf and Skate Wear, confecção paulistana que tem como público-alvo surfistas, skatistas e praticantes de outros esportes radicais. A libertaçãoa conteceu em 19 de março, durante fiscalização em uma pequena oficina localizada no bairro São João, em Guarulhos (SP), onde trabalhavam dois bolivianos e um peruano. Toda a produção da oficina era destinada à Gangster, loja do bairro do Brás, região central da capital paulista.

A Hippychick Moda Infantil, confecção de roupas infantis que, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), terceirizava sua produção para uma oficina de costura flagrada explorando trabalho escravo, tinha desde outubro de 2012 o selo da Associação Brasileira do Vestuário Têxtil (ABVTEX) de responsabilidade social. Após a libertação de cinco trabalhadores bolivianos, em 22 de janeiro de 2013, o MTE e o Ministério Público do Trabalho (MPT), que também participou da operação, investigam a responsabilidade das Lojas Americanas na exploração de mão de obra escrava. Segundo o MPT, a suspeita é de que as peças produzidas pela oficina terceirizada eram revendidas exclusivamente nas Lojas Americanas com a marca “Basic+ Kids”.
Um grupo de oito pessoas vindas da Bolívia, incluindo um adolescente de 17 anos, foi resgatado de condições análogas à escravidão pela fiscalização dedicada ao combate desse tipo de crime em áreas urbanas. A libertação ocorreu no último dia 19 de junho. Além dos indícios de tráfico de pessoas, as vítimas eram submetidas a jornadas exaustivas, à servidão por dívida, ao cerceamento de liberdade de ir e vir e a condições de trabalho degradantes. O grupo costurava para a marca coreana Talita Kume, cuja sede fica no bairro do Bom Retiro, na zona central da capital. 
No mesmo dia em que a grife de roupas femininas Gregory lançava a sua coleção Outono-Inverno 2012 com pompa e circunstância, uma equipe de fiscalização trabalhista flagrava situação de cerceamento de liberdade, servidão por dívida, jornada exaustiva, ambiente degradante de trabalho e indícios de tráfico de pessoas em uma oficina que produzia peças para a marca, na Zona Norte da cidade da capital paulista. O conjunto de inspeções resultou na libertação de 23 pessoas, todas elas estrangeiras de nacionalidade boliviana, que estavam sendo submetidas à condições análogas à escravidão.


Confira a série especial de reportagens publicadas sobre o flagrante de trabalho escravo na cadeia produtiva da grife de moda Zara, da empresa espanhola Inditex. A Repórter Brasilacompanhou as investigações do Ministério do Trabalho e Emprego e as fiscalizações in loco e trouxe o caso à tona, que ganhou repercussão internacional.

Caso Collins – maio 2011
A Defensoria Pública da União em São Paulo (DPU/SP) ajuizou ação civil pública contra a empresa de vestuário Collins, envolvida em flagrante de trabalho análogo à escravidão em agosto de 2010. Trata-se da primeira ação coletiva apresentada pelo órgão ao Judiciário trabalhista. “Por falta de defensores, não há como atuarmos também na Justiça do Trabalho. Contudo, quando há uma relação com questões de direitos humanos, como é o caso do tráfico internacional e do trabalho escravo, nós atuamos”, observa Marcus Vinícius Rodrigues Lima, do Oficio de Direitos Humanos e Tutela Coletiva da DPU/SP, que moveu a ação.


A casa branca, localizada em uma rua tranquila da Zona Norte da capital paulista, não levantava suspeita. Dentro dela, no entanto, 16 pessoas vindas da Bolívia viviam e eram explorados em condições de escravidão contemporânea na fabricação de roupas. O grupo costurava blusas da coleção Outono-Inverno da Argonaut, marca jovem da tradicional Pernambucanas, no momento em que auditores fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE/SP) chegaram ao local. A marca este envolvida em dois flagrantes: um em março de 2011 e outro em setembro de 2010. 



Fiscalização encontrou duas bolivianas em condição de trabalho escravo no meio urbano e providenciou abrigo às vítimas. Submetidas a uma rotina de violências físicas e morais, elas costuraram exclusivamente para a marca 775.


Vencedora da licitação dos 230 mil coletes deixou quase toda a produção (99,12%) para terceiros. Um deles, que não tinha nem registro básico, repassou parte da demanda para oficina que mantinha trabalho escravo.


Etapas do processo desde o aliciamento até as lojas do magazine foram apuradas pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE-SP), que aplicou 43 autos de infração, com passivo total de R$ 633,6 mil.

FONTE: REPÓRTER BRASIL

SIMPÓSIO "O ENFRENTAMENTO À ESCRAVIDÃO CONTEMPORÂNEA"











Katie Ford, ex-CEO da Ford Models, e especialistas em combate ao trabalho escravo debateram a exploração de trabalhadores pela indústria da moda durante o simpósio "O enfrentamento à escravidão contemporânea, realizado no Tribunal Regional Federal da 3ª região, em comemoração aos 125 anos da abolição da escravatura, celebrado neste 13 de maio.

Para uma plateia de magistrados, procuradores, auditores fiscais, acadêmicos e jornalistas, entre outros, foram apresentados alguns dos principais flagrantes no setor no Brasil e discutidas estratégias para se aprimorar o combate à prática. Katie, que ficou famosa por seu trabalho à frente da Ford Models, uma das principais agências de modelos do mundo, ressaltou a gravidade da dimensão do problema.

“É inacreditável que ainda exista escravidão”, disse, ressaltando que, além dos problemas na produção de peças de algumas das principais grifes do planeta, há também casos de exploração de modelos, muitas vezes meninas de países pobres em situação vulnerável. Ela fundou o grupo Free for All e tem percorrido o planeta denunciando trabalho escravo e tráfico de pessoas.

Detalhes dos casos em questão e exemplos de violações foram apresentados pelo auditor fiscal Luís Alexandre Faria, da Superintendência Regional do Trabalho de São Paulo, que destacou que as operações de fiscalização independem de denúncias. Mais do que fiscalizações pontuais, os auditores trabalham no estado procurando mapear cadeias produtivas e apontar a responsabilidade e o papel de grandes grupos em violações sistemáticas. “Em vez de simplesmente considerar culpado o dono de uma oficina pequena, procuramos considerar o contexto para resolver mesmo o problema. Antigamente, fechava-se uma oficina e apareciam outras dez. Isso é enxugar gelo”, afirma.

A mesa “Escravos da moda” foi coordenada pelo desembargador Fausto De Sanctis e pelo jornalista Leonardo Sakamoto, coordenador-geral da Repórter Brasil.  Mais cedo, no mesmo evento, o governador Geraldo Alckmin anunciou a regulamentação da lei que cassao registro de ICMS de empresas flagradas com escravos.

FONTE: REPÓRTER BRASIL