27
de abril
de 1937: A morte do filósofo Antonio Gramsci
"O desafio da modernidade
é
viver sem ilusões,
sem se tornar desiludido".
Antonio Gramsci
Tuberculoso, o filósofo italiano
Antonio Gramsci, 46 anos, morreu numa clínica em Roma, quatro dias depois de
alcançar a liberdade. Antifascista, foi preso em 1926, condenado a mais de
vinte anos de prisão, onde permaneceu até receber a liberdade condicional,
motivada por sua saúde debilitada, as vésperas de sua morte.
Deixou viúva a russa Giulia Schucht,
violinista com quem teve dois filhos.

Mais tarde, seria um dos fundadores
do Partido Comunista Italiano, o que o levaria a passar um período de dois anos
na União Soviética, como membro executivo da Terceira internacional, enquanto
na Itália o fascismo cresce imponente. De volta ao país, encontra uma realidade
política bastante delicada e assume a direção do partido, com a missão de
hegemonizar as forças de esquerda. Incansável, não consegue o triunfo. E refém
de toda sorte de especulações e intrigas políticas acaba preso pela polícia
italiana.
Gramsci se dispôs a estabelecer uma
unidade entre a teoria e a prática do marxismo. Criticou o elitismo dos
intelectuais e exerceu profunda influência sobre o pensamento marxista. Dono de
uma obra consubstanciada em cadernos escritos nos anos de prisão, só publicada
após a guerra, a parte mais notável são suas Lettere dal carcere (1947):
notável documento humano e cultural em que revela suas preocupações familiares
e discute problemas filosóficos e estéticos.
FONTE: JORNAL DO BRASIL
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